sábado, 31 de julho de 2010

Qual a mais forte?


Uma das lições a retirar deste Mundial : As jogadoras não se medem pelas suas classificações.
Uma das provas é a jogadora Becca Murray dos USA 2.5 . Na grande maioria dos jogos da sua equipa foi a melhor marcadora, marcando uma média de 20 pontos por jogo.
De facto mesmo nas equipas mais fracas, como é caso da China, temos uma supreendente jogadora (1.5) como melhor marcadora.

Overview Birmingham 2010


As eternas 2as classificadas finalmente conquistaram o ouro no Mundial. No fim dos 40 minutos oficiais as Norte Americanas não permitiram que as Alemãs lhes roubassem o sonho de tantos anos. A mudança de treinador na Selecção Norte Americana apresentou resultados prácticos e objectivos.

A Alemanha, país Europeu com mais praticantes conseguiu finalmente ganhar uma medalha e um lugar no pódium que o velho continente nunca tinha conquistado.

Foi um campeonato bastante disputado na fase de grupos, sendo os 4os períodos quase sempre impróprios para cardíacos. A Austrália que pela 1ª vez perde o lugar no pódium é o reflexo dessa disputa.

A outra grande noticia foi a queda da "Super" Selecção do Canadá que pela 1ª vez é derrotada nas meias-finais e conquista apenas o bronze, face a uma Austrália esgotada pela fase de grupos.

Quanto à equipa anfitriã, conquista um honroso 5º lugar, bem merecido pelo bom nível técnico demonstrado.

Conclusão : Campeonato bastante emotivo, com boas surpresas, e com um nível técnico que demonstra que a competição não está condicionada ao género.



PS: Pedimos desculpa aos nossos seguidores, mas a emoção dos jogos foi tanta que nos perdemos a visionar os jogos em detrimento das actualizações no blog.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Transferências no feminino - Sintra a dobrar


Depois de muito zumzum é oficial a transferencia da atleta Sandra Reis da equipa da GDR Joanitas para a APD Sintra.

A Sandra já nos prometeu a entrevista, mas estava a aguardar a confirmação da transferência para o fazer, pelo que agora a qualquer momento teremos mais detalhes sobre esta atleta.

Até à data só a Mafalda Santos tinha efectuado uma transferência, ao sair da sua equipa de formação (APD Lisboa) para a equipa onde está actualmente.

A modalidade está de facto a evoluir e estas mulheres são a nossa inspiração para continuar a trabalhar.

Emoção ao rubro (38-39) no primeiro jogo feminino do Mundial


No primeiro dia de jogos do Campeonato Mundial, as mulheres dão um espectáculo.
Emocionante é pouco para descrever a sensação de quem acompanhou o primeiro jogo em que a equipa da casa, perde no final por um ponto com as Holandesas.
Apesar de estar a vencer nos primeiros dois tempos as jogadoras iglesas não aguentaram a pressão e ao terceiro tempo a Holanda mostrou a sua força dando a volta ao resultado, com muitos pontos para cada equipa.
O quarto tempo teve poucos pontos, mas foi aqui que as emoções estiveram ao rubro. A dupla Chèr Korver (2.5) e Mariska Beijer (4) tornou-se imparável para impedir as Inglesas de dar a alegria da vitória ao seu público.
Hoje, dia 08, as equipa do Reino Unido volta a ter uma oportunidade de alegrar o seu público, mas será dificil conseguir faze-lo com uma vitória frente às Campeãs Canadianas.
No campo 2 irão decorrer outros 2 jogos que prometem muita disputa, já que a este nível são poucas as equipas que não estão habituada a estes pódios.
Campo 1
11.45 Pool A Women Canada v Great Britain
Campo 2
12.15 Pool B Women Brazil v Germany
14.15 Pool B Women USA v Japan
Todos os jogos podem ser acompanhados em directo através deste ligação: http://www.gbwba.org.uk/gbwba/index.cfm/news/live-footage-of-world-championships/
Amanhã faremos um resumo das emoções do 2 dia de provas.

terça-feira, 6 de julho de 2010

BlogJornal ParaDesportivo: Birmingham 2010 - Word Wheelchair Basketball Champ...

BlogJornal ParaDesportivo: Birmingham 2010 - Word Wheelchair Basketball Champ...: "Terá lugar em Birmingham, de 7 a 17 de Julho o Campeonato do Mundo de Basquetebol em Cadeira de Rodas (BCR).O evento terá lugar no Birming..."

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um desabafo - desigualdades em campo


Vamos falar de um assunto um quanto ao quanto delicado...
Já sabemos que o basket em cadeira de rodas em Portugal é quase todo constituído por homens, existem muito poucas mulheres a praticar, mas não é só nos jogadores que se nota essa diferença.
O basket para ser “concretizado” tem de ser constituído por árbitros, mas também é bonito de se ver, porque ao longo da época é apitado somente por homens!!.
Claro que vem automaticamente a pergunta, porque será???
É bom mencionar que os árbitros que temos vêm do basket regular. Mas será que não há muitos elementos femininos a apitar basket? Ou será que elas nem têm conhecimento da modalidade em si?. Será que não se metem no basket de rodas por terem medo de estarem num meio desconhecido? Será por receio de serem duplamente minoria e consequentemente gozadas?
São muitas perguntas para as quais não temos respostas possíveis. Mas com essas respostas poderiamos começar um caminho de mudança.
Não vamos ser injustas, existe uma arbitra ( ou arbitro feminina ) que apita rodas nos torneios da Margem Sul. Não acompanha o campeonato nem outras provas oficiais como a Taça.
Imaginamos que as arbitras se deparem com os mesmos cenários que as atletas femininas deparam na maioria dos jogos. A maior parte do pavilhões não tem balneários preparados para os dois géneros, quando questionados sobre esta inexistência, quase sempre se depara com incompreenção dos responsáveis para esta realidade. Juntam-se os comentários sexistas depreciativos e jucosos, etc.
Penso que não elementos do basket adaptado não estão muito preocupados com isso porque é muito mais fácil sermos nós a adaptarmo-nos as condições que nos dão.
Essas mentalidades terá de mudar para o basket em rodas poder evoluir.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

MAFALDA #6 - APD Sintra


Sou a Mafalda dos Santos Andrade, tenho 22 anos e tive conhecimento do BCR através de um professor de educação física no 10 ano. Foi sem dúvida muito difícil entrar para uma equipa. Eu já gostava de basket há alguns anos e quando soube da modalidade de rodas contactei alguns clubes que disseram que para a minha deficiência o desporto adequado era o boccia. Não sentia a mesma emoção e atracção pelo boccia como pelo basket por isso não desisti até uma equipa me aceitar.
Já pratico BCR à 5 anos e a minha cadeira está adpatada à minha fisionomia.
Tento sempre de alguma maneira ter os meus próprios objectivos, e claro tentar também corresponder com os objectivos do treinador.
Quando entro em campo sinto um misto de emoções. Desde adrenalina, um friozinho na barriga no aquecimento que no jogo em si acaba depois por passar, sinto sempre que posso fazer mais e melhor dentro de campo.
No BCR quero chegar ao topo, mas tenho a consciência que não vai ser nada fácil. Sou uma das pouquíssimas mulheres a praticar BCR, por isso tenho que praticar com muito mais intensidade e com muitos mais objectivos, para poder chegar longe.
O meu idolo no BCR é o mesmo de muitos praticantes e adeptos já que é o atleta português o Hugo Lourenço. Foi ele que me ensinou a dar os primeiros passos no basket, o fundamental, de bases e regras. Devo-lhe muito. Ele é o senhor do basket em Portugal
Sinto-me muito bem na equipa. É bom que uma equipa tenha sempre objectivos, se há um dia que não puxam não faz mal eu própria tenho objectivos e puxo por mim mesma. A minha equipa sem duvida que me motiva já que é das equipas que mais “competição” tem e não há maneira como não me sentir motivada.
Para mudar o BCR em Portugal o que mudava em primeiro lugar era mudar as perspectivas de certas pessoas ao verem as mulheres a jogarem Bcr. Recorreria a demonstrações, talvez uma pagina no facebook visto que o facebook é um excelente meio de divulgação.
O meu maior sonho é igual ao de todos os jogadores de BCR, é ter uma experiencia lá fora a nível profissional, ver outra realidade, sentir outras emoções. E principalmente dar o meu contributo á equipa que iria representar.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Voltamos

Após mais de um ano no silêncio a amadurecer ideias e experiências, voltamos, com mais força e energia.

Inspiradas pelo exemplo da Selecionadora Inês Lopes, criamos um entrevista para todas as atletas portuguesas. Assim teremos a sua visão da modalidade, esperanças e objectivos.

As perguntas são 12 porque esse é o número de elementos que o banco de uma equipa deve ter.

1- Como tiveste conhecimento do basket em cadeira de rodas?
2- Foi díficil entrar para uma equipa?
3- Há quanto tempo praticas basket em cadeira de rodas?
4- A tua cadeira está adaptada?
5- Estabeleces objectivos para os treinos?
6- O que sentes quando entras em campo?
7- Até que ponto queres chegar ao basket em cadeira de rodas?Quais os teus objectivos a longo prazo
8- Tens algum ídolo a nível do basket em cadeira de rodas?
9- Sentes-te bem na equipa que representas? Puxam por ti na equipa? A equipa motiva-te?
10- Se pudesses o que mudarias no basket em cadeira de rodas em Portugal?
11- Que métodos usarias para cativar/ atrair mais mulheres para praticar basket em cadeira de rodas?
12- Qual é o teu maior sonho a nível desportivo no basket em cadeira de rodas?

Conforme formos recebendo as respostas iremos publicando-as em simultaneo com outras notícias de interesse para a Igualdade de Genero na modalidade.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Está quase a acontecer...


Na última semana de Agosto irá decorrer, no sul de Inglaterra o Campeonato Europeu de Basket em cadeira de rodas Femenino, com 7 países em competição.

Grupo A - Alemanha; Espanha; França
Grupo B - Holanda; Inglaterra; Itália; Turquia

Pretendemos fazer a “cobertura” desta competição, e ter os resultados actualizados no WonderWomanBasket.

A igualdade de géneros e a competição



Na maioria dos campeonatos europeus as equipas que os compõem são mistas.

Numa análise à informação disponível on-line, tanto a Alemanha como a Inglaterra têm ligas femininas e consequentemente equipas femininas.

No campeonato português até ao final desta época, 2008/09, sempre que o cinco em campo tivesse um elemento feminino a equipa podia jogar com 15.5, ou seja , uma benesse de 1.5. No entanto e provavelmente num esforço de normalização na época de 2009/2010 esta discriminação positiva será apenas de 1 ponto.


Também se destaca o facto de existirem alguns países com várias ligas em competição, ou seja os campeonato têm jogos mais equilibrados e pressupõe-se que o nível competitivo, mesmo entre as equipas mais “fracas”, é elevado.

Mesmo ao nosso lado, Espanha, existem 3 ligas e em Itália na 2ª divisão existe mini basket também na vertente de rodas.