segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um desabafo - desigualdades em campo


Vamos falar de um assunto um quanto ao quanto delicado...
Já sabemos que o basket em cadeira de rodas em Portugal é quase todo constituído por homens, existem muito poucas mulheres a praticar, mas não é só nos jogadores que se nota essa diferença.
O basket para ser “concretizado” tem de ser constituído por árbitros, mas também é bonito de se ver, porque ao longo da época é apitado somente por homens!!.
Claro que vem automaticamente a pergunta, porque será???
É bom mencionar que os árbitros que temos vêm do basket regular. Mas será que não há muitos elementos femininos a apitar basket? Ou será que elas nem têm conhecimento da modalidade em si?. Será que não se metem no basket de rodas por terem medo de estarem num meio desconhecido? Será por receio de serem duplamente minoria e consequentemente gozadas?
São muitas perguntas para as quais não temos respostas possíveis. Mas com essas respostas poderiamos começar um caminho de mudança.
Não vamos ser injustas, existe uma arbitra ( ou arbitro feminina ) que apita rodas nos torneios da Margem Sul. Não acompanha o campeonato nem outras provas oficiais como a Taça.
Imaginamos que as arbitras se deparem com os mesmos cenários que as atletas femininas deparam na maioria dos jogos. A maior parte do pavilhões não tem balneários preparados para os dois géneros, quando questionados sobre esta inexistência, quase sempre se depara com incompreenção dos responsáveis para esta realidade. Juntam-se os comentários sexistas depreciativos e jucosos, etc.
Penso que não elementos do basket adaptado não estão muito preocupados com isso porque é muito mais fácil sermos nós a adaptarmo-nos as condições que nos dão.
Essas mentalidades terá de mudar para o basket em rodas poder evoluir.